Nascida em 1º de fevereiro de 1975, na cidade baiana de Curaçá, a professora Auzenir Socorro dos Santos, segunda filha de seu Afonso José dos Santos (1950) e Maria do Socorro dos Santos (1950), ambos baianos, considerada a filha mais velha de 4 filhos por morte do primeiro filho de seus pais, seus irmãos Claudio Rogério dos Santos (1978) e Jackeline Socorro dos Santos (1993).  Casada com Antônio Francisco dos Santos (1978), mãe de três filhos: José Wanderson dos Santos (1999), Diogo Francisco dos Santos (2006) e Maria Júlia dos Santos (2007).

Seus pais casaram-se em 28 de dezembro de 1972, moraram um período na Ilha da Missão e outro período na Fazenda Ferrete, tiveram o seu primeiro filho “Rozeno”, que foi a óbito com apenas 6 meses de vida. Passaram quase 2 anos de muita tristeza pela perca do seu filho, chega a notícia da segunda gravidez da sua mãe, ninguém sabia se era menino ou menina, mas para surpresa de todos nasce aquela que veio acalentar os sofrimentos dos seus pais, logo que ela nasceu seu pai decidiu ir tentar a vida em São Paulo e antes disso resolveu batizá-la e deu para seus padrinhos Sinézio (in memorian) e Lourdes e seguiu a sua viagem deixando a sua esposa e filha ainda bebê. Passando um curto tempo, logo mandou buscar as duas para juntar-se a ele em São Paulo. Seu Afonso e dona Socorro trabalharam por longos 16 anos, ele em empresas de metalúrgicas e ela costureira (sempre costurou em casa para cuidar dos filhos) e ajudar na renda da casa; durante esse tempo realizaram várias conquistas, nasceu o seu irmão Claudio, cresceram juntos e sempre foram unidos. A casa de seu Afonso em São Paulo era o lugar onde se reunia a família baiana e amigos por lá conquistados, principalmente em datas comemorativas como Natal, Virada de Ano, São João, Semana Santa, Aniversários, tudo acaba em reuniões familiares (muita comida, bebidas, churrasco, músicas, brincadeiras, conversas e momentos que a mesma lembra com muita saudade e carinho.

Aos seis anos de idade (1981), iniciou a sua vida escolar no Centro Infantil, onde logo foi alfabetizada pela tia Cidinha, a qual fala com muito carinho, pois ainda guarda vagas lembranças da mesma, Auzenir acredita que naquele tempo já se acendia uma luz para a profissão que ia exercer, em 1982 foi transferida para a Escola Estadual Engenheiro Pedro Viriato Parigot estudando nela o período da 1ª série até a 8ª série, terminando o Ensino Fundamental 1989, com muito esforço e dedicação. Logo cedo, ela já tinha responsabilidades com os afazeres de domésticos, pois sua mãe trabalhava em casa. Em 1990 seus pais decidiram voltar para o Nordeste e escolheram a cidade de Santa Maria da Boa Vista/PE para morarem a partir daquele dia, foi quando aquela garota com 15 anos deixou tudo para trás, sonhos, amigos de infância, família, enfim, para chegar em uma cidade que teria que recomeçar reconstruindo aquilo que para ela já estava encaminhado, Auzenir foi matriculada em 1990 na turma do 1º Magistério na Escola Estadual Padre Maurilo Sampaio, terminando o curso em 1992 e que durante esses 3 anos  construiu sinceras amizades que perduram até os dias de hoje, foi um período de adaptação, pois a sua rotina tinha mudado totalmente o seu ritmo de vida. Tudo mudou naquele momento de forma total, vindo de uma cidade agitada e morar em uma cidade pacata, pequena e calma, a tranquilidade e a liberdade fez com que em pouco tempo ela se acostumasse com tudo de forma amorosa, ficando a saudade dos que ficaram em São Paulo.

Em 1992 fez vestibular, foi aprovada, e em 1993 ingressou na Faculdade de Formação de Professores de  Petrolina – FFPP, cursando a graduação em Letras/Inglês que encerrou em 1998, o período de faculdade foi muito difícil, passou por muitos desafios, principalmente financeiros, mas nunca desistiu, trabalhar e estudar mudou totalmente a sua rotina, nesse período trabalhou como professora bolsista, a mesma é agradecida a professora Aurora que a indicou para o seu primeiro emprego para substituir uma professora, agradece também ao gestor na época o professor Ornaldo (Judith) e a professora Angelita (Padre Maurilo) que cofiaram no trabalho daquela professora recém formada do curso de Magistério e ingressa em uma faculdade, precisando trabalhar para ajudar em casa e manter  as despesas da graduação.

A sua inspiração para exercer o cargo de professora teve início com a tia Cidinha (Alfabetização), mas também teve outras inspirações, a professora Ana Maria (4ª serie), professora Séfora (Magistério), professora Odete Bezerra (Magistério) e a professora Severina Medrado (Magistério), essas mulheres foram responsáveis pela concretização da ideia de Auzenir ter se tornado a professora Auzenir.

Em 1995 ela trancou a matrícula da faculdade por problemas de saúde e foi convidada a lecionar na comunidade da Fazenda Curralinho/BA, teve oportunidade de trabalhar com turmas de Educação Infantil à 4ª  serie e turma de EJA (Educação de Jovens e Adultos), foi uma experiência muito importante na carreira profissional da professora, pois a mesma passava a semana naquela comunidade super acolhedora na casa do casal Lourdes e Zé de Roque (in memorian) que cederam a sua casa para funcionar a sala de aula, foi assim que foi fundada Escola Municipal São João Batista na comunidade, mas em 1996 a professora não pode dar continuidade aos seu trabalhos porque teve que voltar para a faculdade em Petrolina, voltando a lecionar em Santa Maria da Boa Vista/PE (Padre Maurilo e Judith) e nelas permaneceu até meados de 1998; foi o período que fez a inscrição para o Concurso Público Municipal que ficou entre os aprovados, que por sorte o pai dela “seu Afonso” participou de uma reunião e soube que estava precisando de professores na escola do Assentamento Safra e ele muito orgulhoso disse ter uma filha que era professora, o mesmo já era morador na comunidade desde o corte de arame em 1995, alternando a sua morada entre a sede da cidade e o assentamento, pois dona Socorro e a professora Auzenir ainda ficavam em Santa Maria,  foi então que aconteceu uma conversa e decidiram convocar a professora através do concurso público e lecionar na Escola Municipal Francesco Mauro, desde o dia 20 de julho de 1998, foi acolhida por  dona Ana Nunes que na época era merendeira e a recebeu de maneira muito amável.

Em 1998 finalizou a graduação de Português/Letras com muito sacrifício, dificuldades; nesse momento a professora disse que’’quem estudava com ela naquele tempo sabe bem sobre o que ela está falando.’’

Na Escola Municipal Francesco Mauro, iniciou com uma turma da 3ª série com 42 aluno e aulas de inglês com turmas dos anos finais, sempre dedicada na função sem medir esforços para garantir bons resultados no aprendizado de seus alunos.

No ano de 1999 ainda morando em Santa Maria da Boa Vista/PE e indo trabalhar no Assentamento Safra, junto com seu esposo decidiram morar perto do trabalho para facilitar  com os cuidados do filho José Wanderson que era pequeno, foi então que no ano 2000 toda a família passou a morar juntos mais uma vez, neste mesmo ano seu pai o senhor Afonso pleiteou um candidatura a vereador sem sucesso e por esse motivo ela sofreu uma perseguição política, suas horas aulas foram diminuídas e na época foi convidada pelo seu tio Antônio Mauro para assumir a gestão da Escola Municipal São José na comunidade da Fazenda Ferrete e mais 4 escolas daquela região, município de Curaçá/BA, lugar de seus familiares. Durante o trabalho veio a construção de uma escola nova que por unanimidade foi escolhida o nome da primeira professora, hoje Escola Municipal Professora Maria Júlia, a mesma fala com lágrimas nos olhos sobre as ações e momentos que foram vividos por esse período, foi um desafio enorme deixar seu filho pequeno que não tinha nem 2 aninhos completos, começou por aí, foi uma época de descobertas, conhecimentos, avanços, conquistas, ter que apender a pilotar 62 quilômetros  em uma moto diariamente, a mesma sorrir e diz: “-Logo eu que tinha medo até de andar de bicicleta!”. Falar da Escola Professora Maria Júlia é lembrar do privilégio que teve em trabalhar com seu amigo Pedro Barroso (in memoria), Verinha que se tornou uma excelente professora, era uma equipe de milhões, mesmo com poucos recursos.

Ela fala da sua tia Elita que a acolheu durante 1 ano na sua casa e de seus avós maternos (Julia e Manoel – in memorian);

Em 2004 cursou pós-graduação em Psicopedagogia Institucional, contribuindo tanto para o seu aprendizado e aperfeiçoamento, como também para compreender assuntos sensíveis de uma sala de aula e a escola como um todo.

No período de 2005 a 2012 assumiu a gestão da Escola Municipal Francesco Mauro, por convite do prefeito daquela época o senhor Leandro Rodrigues Duarte e indicação do amigo e vereador Juscelino Gomes (in memorian). Em 2017 foi convidada mais uma vez para assumir a gestão da escola, a mesma assumiu por 6 meses e seguiu como secretária da gestora Socorro Santina. Em 2021 e 2022 a convite de George Duarte e lideranças políticas, assume mais vez a gestão da escola e em 2023 muda de função assumindo a coordenação pedagógica dos anos finais e EJA (Educação de Jovens e Adultos), foi uma experiência nova e gratificante! Em 2023 vivenciou a experiência de fazer a seletiva municipal da cidade de Lagoa Grande, foi classificada e por lá lecionou até o final de 2024, uma vivência diferente, muitas coisas novas e pessoas novas, amigos novos, a Equipe Arco-Íris por tão pouco tempo, a  fez sentir o quanto é bom alfabetizar, uma equipe comprometida,  e complementa dizendo que o tempo foi curto, mas foi bem vivido!

Durante todos esses anos a professora desenvolveu um trabalho coletivo com a equipe escolar, procurando sempre fazer o melhor pra todos, visando sempre o melhor para os estudantes, durante todo esse período passaram vários colegas de trabalho pela vida da professora, amizades permaneceram, vínculos que não foram quebrados pela distância de um até logo, experiências vividas que levará para sempre, uma coisa que ela diz com muito orgulho é fazer questão de chamar todos os alunos pelo seu nome, pois diz ser muito importante. Dedicou um vida inteira para o avanço dessa escola que por muitas vezes tomava posse e chamava “minha escola”, hoje olhar para trás é lembrar da primeira gestora Dona Lúcia (in memorian), lembrar da primeira professora “Eneida”, professora Gorete que sempre tinha uma história para contar e com isso nos fazia rir, a professora Aparecida que mesmo com raiva ou chateada conseguia ser engraçada, a professora Marinalva com sinceridade e criatividade, a professora Graça que tinha vergonha de tudo, o professor Romildo sempre reivindicando os direitos, reclama, mas no final de tudo diz: “Meus alunos não tem culpa!” e no outro passa! A professora Lourdes que nunca nos dizia “tchau”, talvez ela sempre esteve certa! Socorro Santina com sua disposição! E gestor Aldeni, sempre brincalhão e bravo quando necessário! Rosa Costa, deu show no seu aprendizado! O professor Cícero todo sem jeito “Tímido”, mas sempre disposto a ajudar! Poderia aqui falar de muitos colegas: Geanne, Rosivânia, Dôra, Denyse, Lourdes Gomes, Tereza, Hilda, Preta, Aleydiane, Deyna, Adrianice (ela vai me matar), Gerlania, Adriano, Edmar, Suzane, Glauber o que falar desse menino que é pura disposição para contribuir com o todo da escola; Hiandra, Carol, Eduarda, Mirela, Mirele, João Victor, Francineide, Suzana, Milene, Aninha, Jackeline, Princesa e muitos e muitos que passaram pela Francesco e deram o seu melhor; a professora é grata!! Por esta escola a professora Auzenir diz ter perdido momentos que não voltam mais: os primeiros passos de seus filhos, as primeiras palavrinhas, os primeiros dentinhos, enfim, sempre era alguém que dizia a ela. Por essa escola por diversas vezes foi surpreendida e flagrada chorando por não entender o porquê que tinha de ser “assim” ou “assado”, mas também disse vivenciar momentos memoráveis e que não voltam mais, estrutura pode até ser problemas para alguns, mas nunca impediu de se fazer um trabalho de excelência. A mesma diz que para um professor dá o seu melhor diariamente não é fácil, mas não é impossível! Sabe que poderia ter feito mais e tendo oportunidades “fará”, mas quando olha para trás sente que, cumpriu o que estava escrito.

O nome da professora Auzenir já vinha sendo trabalhado a alguns anos em relação a política, porém a mesma disse não teria coragem, não era preparada, tinha medo e não se via no meio da política como candidata. Mas com o passar do tempo viu na política um meio de trabalhar para o povo e pelo povo, no entanto, no dia da eleição em 2020 ela conversando com alguns amigos disse que estava pensando em ser candidata na eleição de 2024 e foi apoiada por aqueles que estavam naquele momento (Manoel Ailton, José Fábio, Aldeni, Glauber, Socorro Santina e Lourdes Gomes) e a partir daquele dia foi intensificando cada vez mais, foi aumentando o número de apoiadores, amigos, lideranças políticas, a família, a comunidade, etc. Chegou apoio para a campanha da professora Auzenir (PP) dos 4 cantos do município e cada apoio foi fundamental para que a mesma fosse eleita em 2º lugar com 1648 votos. Aqui poderiam ser citados diversos nomes, mas de modo especial a professora agradecer cada apoio que deu a ela essa vitória, porém, hoje a mesma através de Claudio o seu irmão, seu Afonso seu pai, toda a sua família, lideranças: Manoel Ailton, Renato Motos, Jeimisson Carlos, Thalyta, Auricélia, Elisangela, Rodrigo, Carlos Augusto, Lucas, Nandinho, Primo, Keké e sua esposa Andrea; sem essas pessoas não teria sido possível mobilizar toda a campanha! Gratidão a todos.

A professora Auzenir (PP) fala da sua preocupação durante o desenvolvimento do seu trabalho durante esses 4 anos, não prometeu aquilo que não pode realizar, mas que vai buscar, que legislar é um trabalho importante, no entanto, o povo precisa compreender qual realmente é a função de um vereador em seu município, tem que elaborar e aprovar projetos com ações que busquem favorecer as necessidades das demandas, o povo é carente de ação, mas também sentem a falta do vereador em sua comunidade, na sua casa, enfim o vereador tem que andar pelo município pra ficar a par de muitas coisas.

Durante a campanha a professora Auzenir (PP) perdeu dois familiares amigos seus e próximos: Tiago Sobral (23/09) e Jardiel (06/09), deixando em seu coração uma grande tristeza e mesmo com essa tristeza a mesma buscou forças para continuar e isso deixa claro que o hoje é para ser vivido como se fosse o último dia, porém faça sempre o seu melhor, o seu melhor é para hoje e para agora. O amanhã pertence somente para Deus e mais ninguém! Vivamos o hoje!

A professora agradece ao prefeito George Duarte pela oportunidade de pleitear a sua candidatura pelo Partido Progressista e que foram 4 anos de trabalho agora serão 4 anos de resultados!